Compositor: Andrea Appino / Gian Paolo Cuccuru / Massimiliano Schiavelli
Eu nasci numa casa feita de alcatrão
Nos anos em que fumar grávida não fazia algum mal
A fumaça entra nos pulmões, e nos pulmões ela fica
Como o tumor que queria matar o meu pai
Você me traz uma bebida e continuamos brincando
Sobre tudo aquilo que nos abala, sobre as histórias mais sombrias
Se nos acharem loucos, não se preocupe
Leva minuto para que esqueçam, é
Queremos liberdade para todos os povos
Mas os primeiros somos nós a não sermos livres
Constringidos dentro de um corpo e dentro do tempo
Mas um dia tudo isso acabará
Talvez bem, talvez mal, quem sabe?
Somos parte da eternidade do mundo
E continuamos a tolerar isso por milésimo de segundo
Quem diz que se nasce livre se engana
O cordão umbilical o lembra todo dia
Uma poesia é escrita, dedicada e então abandonada
Quem a usa para agradar os outros, bem, a desperdiçou
Então cave-me um buraco e enterre meu coração
Escreva na lápide: Logo chega o patrão
Pedimos verdade para todos os homens
Mas os primeiros somos nós a dizermo-nos mentiras horríveis
Quem é sem pecado não entenderá
Mas um dia tudo isso acabará
Talvez bem, talvez mal, quem sabe?
Você me faz falta, seu bastardo, como uma teia à aranha
O amor é uma pedra jogada no lago
O círculo se alarga, e, se você olha bem no centro
É você, é você, e quem pode odiá-lo mais?